.
Saborear-te a boca devagar,
como a um fruto raro e sumarento,
como a um fruto raro e sumarento,
e cada rijo seio te apertar,
num misto de prazer
e sofrimento.
.
Depois, beijar-te o ventre e deslizar
por
ele, num tão macio movimento
que de ave mais parecesse um
adejar
do que um afago húmido e lento.
.
E só então, te
possuir, amor,
teu corpo penetrando ferozmente,
nos braços
te apertando com ardor,
.
até, no estrebuchar do
frenesi,
imaginares que, em fogo, uma torrente
de lava, em
ondas, desaguara em ti
.
.
nuno bermudes
..
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