sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

o pecado de onan

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tenho estado a ler a obra de philip roth, engano (suponho que é a 15ª). eu chamar-lhe-ia diálogos. é como estar em casa, a ouvir uma voz familiar, de tal forma está o timbre da escrita entranhado. instagramei uma passagem:
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engano photo IMG_20130220_200903.jpg
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escuso-me a explicar ainda mais a minhas preferências literárias. principalmente aos que insistam nas análises óbvias (tal como acontece com a crítica a saramago, por parte de pessoas que, evidentemente, nunca o leram).
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mantenho, igualmente, a leitura paralela do meu primeiro ebook, a casa dos budas ditosos, de joão ubaldo ribeiro. na senda do despretensiosismo rothiano, da libertação do preconceito da escrita sobre o sexo (e é difícil não cair no ridículo quando se escreve sobre sexo).
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descubro, por entre interessantes pormenores de erudição, a origem da palavra onanismo. provém de uma passagem da bíblia sobre o pecado de onan. a prática, não sendo apenas solitária, como no caso de onan em que se define como coitus interruptus, merece uma aturada reflexão do por parte do autor.
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é destes dois diálogos constantes com a liberdade de avaliação dos relacionamentos, da supremacia da naturalidade sobre a moral bacoca, que se produz a beleza dos textos.
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