quarta-feira, 11 de agosto de 2010

récita [2]

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Dedicada às obras que fui lendo, esta rubrica passa a ser o espaço em que finalmente faz sentido os sublinhados dos livros [afinal os sublinhados servirão para isto], as devidas ressalvas que fui assinalando, as passagens que valerá a pena relembrar e difundir. Com a obra de Gabriel García Márquez, Memória das minhas putas tristes [obra que inspirou o título do novo blog], inicia-se a récita, que, espero, sirva para aumentar o gosto pela leitura.
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Ignorava as manhas da sedução e tinha sempre escolhido ao acaso as namoradas de uma noite, mais pelo preço que pelos encantos, e fazíamos amor sem amor, semivestidos a maior parte das vezes e sempre às escuras para nos imaginarmos melhores. Naquela noite descobri o prazer inverosímil de contemplar o corpo de uma mulher adormecida sem as pressas do desejo ou os entraves do pudor.
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Gabriel García Márquez
Memória das minhas putas tristes, pp. 25, Colecção Bis, Leya
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