sábado, 30 de junho de 2012

i will always have paris

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em chovendo, ese sábado à tarde encontar-me-ão no cinema da avenida.
melhor dizendo, no cinema paradiso.
ou mais simplista, em frente ao meu televisor. o que tem porta usb, hdmi, e outras entradas que tal. serviram-me isto como solução para a minha fase cinéfila, e eu comprei. devo dizer que foi a melhor compra que fiz na minha vida. doçura. impingem-nos um produto, compramos e não agonizamos, passado horas, a pensar no dinheiro mal gasto.
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depois deste intróito turbulento, devo dizer que o post foi programado a meio da semana. a selecção ainda não ganhou à espanha (espaço zandinga), e eu sinto-me já cansado da semana. alguém disse que o discernimento apenas lhe durava os primeiros quinze minutos em frente ao computador, e depois ia às compras (o discernimento). a mim também. tem sido assim.
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vou rever três filmes. devo dizer que terão sido os três melhores filmes que vi no último ano. embora a memória não me seja de grande confiança, pelo menos sinto que foram os filmes mais cruéis, mais difíceis, mais realistas, mais duros, mais implacáveis e mais subtis que já vi. os três têm em comum o amor. mas como diziam no início de um deles, this is not a love story, this is a story about love. com todas as devidas ressalvas que isso acarreta.
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se alguém os não viu (e quer ver) devia parar de ler por aqui, porque pode haver spoiler. os filmes são:
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500 days of summer
like crazy
barney's version
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porque 500 days of summer é um grande filme?
não me queria alongar muito nas descrições. não é assim que se apela à curiosidade. pelos menos para mim é assim. atrai-me mais o que se esconde (como numa mulher) - o que está para ser desvendado - do que o ir ao que já se adivinha. então aqui fica um vídeo do melhor que há no filme.
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há mais. muito mais. mas escolher o que sufoca é mais fácil. é lição para aprender, ou o cinema nunca se devia mostrar às pessoas como se faz na vida real?
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depois tem uma música linda do simon e garfunkel, daquelas escondidas no fim do albúm. alguém sabe se ainda se gravam músicas assim?
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porque like crazy é um filme filme?
porque venceu o festival sundance. isso não deveria ser condição, mas felizmente é. embora, como no caso do prémio nobel, nunca se saiba quantos escritores ficarão esquecidos por terem sido preteridos pela academia.
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aqui ficam duas das melhores cenas do filme, sendo a primeira uma das mais bonitas que vi no cinema.
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e esta é uma daquelas cenas que espetam facas no estômago. tanto caminho percorrido, e na volta deixamos ficar tudo na gaveta do passado.
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porque é barney's version um grande filme?
porque ele merecia um óscar de melhor actor (lá está o eu dizia atrás sobre os proscritos que não recebem prémios). e ela é linda. nova e velha. ele, paul giamatti, nas ruas de roma, e ele mesmo nas ruas de vancouver mais tarde. nunca somos os mesmos. isso e porque eles lêem alphonse daudet. e no fim de tudo, quando a memória nos faz tropeçar na idade, é esse o nome que ele usa para lhe dedicar canções. alphonse daudet. (tenho lá em casa para ler. sapho).
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e pronto é isto. se não chover estarei é a passear entre viana e ponte de lima de bicicleta. ou então fico a terminar uma leitura que se prolonga e tem de terminar. e toda esta preparação cinéfila fica para outra altura. espero é que, de alguma forma, possam apreciar estas sugestões.
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2 comentários:

  1. Sou péssima com filmes. Acho que não gosto que me contem histórias dessa forma. Tenho de melhorar isto. Acabo por preferir filmes com boa fotografia, ou lá como hei-de definir isso. A dar exemplos, gosto muito do estilo de Andrei Tarkovski.
    Gostei muito do Bright Star, dirigido por Jane Campion; não pela história, apesar de ser baseada nos últimos 3 anos de vida de John Keats, mas pela atmosfera.
    Há uns dois anos que não vejo um filme!

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  2. :) dois anos sem ver filmes, está mal. mas se não aprecias não vale a pena. podias eventualmente procurar filmes, actores, realizadores que façam algo que gostes. eu não vou muito ao cinema. procuro na net, nos festivais, nos blogs, e vou vendo. dá-me prazer ver filmes diferentes dos blockbusters. estes filmes marcaram bastante.

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