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em chovendo, ese sábado à tarde encontar-me-ão no cinema da avenida.
melhor dizendo, no cinema paradiso.
ou mais simplista, em frente ao meu televisor. o que tem porta usb, hdmi, e outras entradas que tal. serviram-me isto como solução para a minha fase cinéfila, e eu comprei. devo dizer que foi a melhor compra que fiz na minha vida. doçura. impingem-nos um produto, compramos e não agonizamos, passado horas, a pensar no dinheiro mal gasto.
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depois deste intróito turbulento, devo dizer que o post foi programado a meio da semana. a selecção ainda não ganhou à espanha (espaço zandinga), e eu sinto-me já cansado da semana. alguém disse que o discernimento apenas lhe durava os primeiros quinze minutos em frente ao computador, e depois ia às compras (o discernimento). a mim também. tem sido assim.
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vou rever três filmes. devo dizer que terão sido os três melhores filmes que vi no último ano. embora a memória não me seja de grande confiança, pelo menos sinto que foram os filmes mais cruéis, mais difíceis, mais realistas, mais duros, mais implacáveis e mais subtis que já vi. os três têm em comum o amor. mas como diziam no início de um deles, this is not a love story, this is a story about love. com todas as devidas ressalvas que isso acarreta.
.se alguém os não viu (e quer ver) devia parar de ler por aqui, porque pode haver spoiler. os filmes são:
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500 days of summer
like crazy
barney's version
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porque 500 days of summer é um grande filme?
não me queria alongar muito nas descrições. não é assim que se apela à curiosidade. pelos menos para mim é assim. atrai-me mais o que se esconde (como numa mulher) - o que está para ser desvendado - do que o ir ao que já se adivinha. então aqui fica um vídeo do melhor que há no filme.
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há mais. muito mais. mas escolher o que sufoca é mais fácil. é lição para aprender, ou o cinema nunca se devia mostrar às pessoas como se faz na vida real?
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depois tem uma música linda do simon e garfunkel, daquelas escondidas no fim do albúm. alguém sabe se ainda se gravam músicas assim?
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porque like crazy é um filme filme?
porque venceu o festival sundance. isso não deveria ser condição, mas felizmente é. embora, como no caso do prémio nobel, nunca se saiba quantos escritores ficarão esquecidos por terem sido preteridos pela academia.
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aqui ficam duas das melhores cenas do filme, sendo a primeira uma das mais bonitas que vi no cinema.
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e esta é uma daquelas cenas que espetam facas no estômago. tanto caminho percorrido, e na volta deixamos ficar tudo na gaveta do passado.
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porque é barney's version um grande filme?
porque ele merecia um óscar de melhor actor (lá está o eu dizia atrás sobre os proscritos que não recebem prémios). e ela é linda. nova e velha. ele, paul giamatti, nas ruas de roma, e ele mesmo nas ruas de vancouver mais tarde. nunca somos os mesmos. isso e porque eles lêem alphonse daudet. e no fim de tudo, quando a memória nos faz tropeçar na idade, é esse o nome que ele usa para lhe dedicar canções. alphonse daudet. (tenho lá em casa para ler. sapho).
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e pronto é isto. se não chover estarei é a passear entre viana e ponte de lima de bicicleta. ou então fico a terminar uma leitura que se prolonga e tem de terminar. e toda esta preparação cinéfila fica para outra altura. espero é que, de alguma forma, possam apreciar estas sugestões.
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Sou péssima com filmes. Acho que não gosto que me contem histórias dessa forma. Tenho de melhorar isto. Acabo por preferir filmes com boa fotografia, ou lá como hei-de definir isso. A dar exemplos, gosto muito do estilo de Andrei Tarkovski.
ResponderEliminarGostei muito do Bright Star, dirigido por Jane Campion; não pela história, apesar de ser baseada nos últimos 3 anos de vida de John Keats, mas pela atmosfera.
Há uns dois anos que não vejo um filme!
:) dois anos sem ver filmes, está mal. mas se não aprecias não vale a pena. podias eventualmente procurar filmes, actores, realizadores que façam algo que gostes. eu não vou muito ao cinema. procuro na net, nos festivais, nos blogs, e vou vendo. dá-me prazer ver filmes diferentes dos blockbusters. estes filmes marcaram bastante.
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