sexta-feira, 28 de setembro de 2012

a moda virá, mas não virá primeiro *

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e pronto. à página 400 apeteceu-me partilhar. o senhor bellow (haverá de ter lugar no bairro do gonçalo m. tavares) é um daqueles escritores que chega ao topo sem espalhafato, sem estrépito na escrita. não é necessário, ao talento natural, a faísca do mediatismo. embora ao nobel seja difícil de escapar.
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contudo entra para o segundo lugar (ex-aequo com saramago) com a classificação de 4.9 estrelas. 5 estrelas é para philip roth. e só não tem 5 porque chegou depois. vejamos:
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faltam mais 300 páginas. o livro é outra delícia. é um manjar. dezenas de referências à mitologia e aos clássicos, dão-lhe uma aura de senhor bellow omnipotente. parece dominar tudo ao milímetro. é como o jargão: até parece fácil. depois de morrem mais de mágoa e ravelstein, é a vez de as aventuras de augie march. tanta gente em chicago nos anos de 1920 aos anos 40'. retratos infindáveis onde não se perdem os fios que amarram a condução da história ao longo do tempo.
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isto para dizer que ontem não avancei na leitura. culpa dos homens do roque popular. vale a pena segurarmos o presente com pilares tão diversos e tão variados.
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há muito tempo que aguardava esta oportunidade. o senhor bellow saberá perdoar. o augie também. a mimi também. o simon também. não há nada como uma boa espera. nada como uma suspensão numa história com um fim anunciado.
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tal como na vida, há sempre mais um fim, só não sabemos qual. os loucos estão certos.
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* verso de eito fora - macaco de imitação - diabo na cruz
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